quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Luciano de Samósata, um gozador incorrigível

Crítico mordaz da sociedade greco-romana em que viveu, Luciano atacou impiedosamente os filósofos tacanhos, os pseudo-historiadores, a religião e os charlatães de todos os tipos.

(Texto de Bira Câmara)

Uma das características mais notáveis da obra de Luciano é que, embora produzida há quase dois mil anos, continua até hoje em grande parte atual. Crítico mordaz da sociedade de seu tempo e arguto observador da na­tu­reza humana, quase nada escapou da sua pe­na ferina; com a mesma ir­re­verência zombou dos poderosos e das crenças da época, sem poupar especialmente os filósofos, a quem ele considerava tolos, hipócritas e farsantes.

domingo, 1 de janeiro de 2023

BAUDELAIRE EM PROSA

Um Baudelaire pouco conhecido emerge numa coletânea de textos onde ele retrata personagens e situações, com sensibilidade e profundo interesse humano.

Texto de Bira Câmara

Nos anos 50, a extinta editora Vecchi publicou um opúsculo com o título Ara­bescos Filosóficos, que na verdade é composto de excertos de obras de Bau­de­laire, De L’Amour, Mon coeur mis à nu e Le Spleen de Paris, também conhecida com o título «Petits Poèmes en Prose». Nesta ree­dição de Arabescos, além da atualização ortográfica, selecionamos mais alguns pensamentos e textos dos poemas em prosa.

domingo, 13 de novembro de 2022

Novo livro de Cláudio Suenaga revela as raízes hebraicas do Japão

As raízes hebraicas da Terra do Sol Nascente:
 O povo japonês seria uma das dez tribos de Israel?, de Cláudio Suenaga

Poucos sabem que muitos aspectos milenares e tradicionais da cultura japonesa vieram de contatos com judeus, entre eles os mitos de origem, a genealogia divina, os rituais e os costumes. 

Na língua japonesa existem várias palavras hebraicas com a mesma pronúncia e o mesmo significado. Aliás, Japão é “Nihon” em japonês, que em hebraico antigo significa “siga o livro”. Em outras palavras, “Nihon” significa “siga a Bíblia” em hebraico. “Yamato” é outro nome do Japão. E o termo “Yamato” é uma palavra criada a partir de “Jah”, que significa “Javé”, e “Umato”, que significa “povo”. Assim, “Yamato” significa “uma nação sob Deus” em hebraico. 

domingo, 9 de janeiro de 2022

O GRANDE SEGREDO

No terceiro volume de sua trilogia sobre os mistérios da vida, Maeterlinck investiga as nascentes do misterioso rio que corre por todas as religiões, crenças e filosofias conhecidas 

(Texto de Bira Câmara) 

domingo, 21 de novembro de 2021

Somos cobaias dos deuses?

A obra de Salvador Freixedo, A Granja Humana,  demonstra que a grande realidade por trás de todos os casos de contatos e abduções alienígenas é muito mais «incrível» e difícil de digerir do que se imagina 

(Texto de Bira Câmara)

Este livro constitui o segundo vértice da trilogia básica de Salvador Freixedo. Nele, Freixedo estrutura uma de suas teorias fundamentais: o homem não é senão uma cobaia, e a humanidade é uma granja, da qual se aproveitaram seres mais evoluídos do que nós, como faríamos com nossas próprias granjas de animais.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Maeterlinck e os fenômenos paranormais

 A aventura de Maeterlinck pelos fenômenos paranormais, pelas artes divinatórias, telepatia, fantasmas, comunicação com os mortos e outras áreas insólitas, registrada num livro instigante

(Texto de Bira Câmara)

Maeterlinck é reconhecido e lembrado até hoje sobretudo como dramaturgo, poeta e filósofo. Muitos críticos se debruçaram sobre sua obra e escreveram ensaios louvando sua genialidade e a qualidade literária de sua produção. Sobre as suas especulações metafísicas e seus ensaios sobre ciências psíquicas, no entanto, a crítica é reticente atribuindo-lhe pouca importância.


sexta-feira, 9 de abril de 2021

A PANDEMIA DA MENTIRA

Neste livro você encontrará informações proibidas e censuradas pelos governos e pela grande mídia que não querem que você saiba a verdade sobre o novo coronavírus, um plano arquitetado pela elite oculta para reduzir  a população, instaurar o medo, arruinar a economia, acabar de vez com as liberdades e estabelecer o controle definitivo total sobre a humanidade.

Apocalipse: um cavalo de Tróia no Cristianismo?

Um livro publicado em 1832 comprova que o Apocalipse nada mais é do que um pastiche de profecias tiradas do Velho Testamento, junto com elementos da simbologia astrológica dos caldeus. Apesar da resistência de muitos doutores que suspeitaram da identidade do seu verdadeiro autor e de sua matriz pagã, ele  acabou se tornando texto canônico da Igreja, inspirando os mais desvairados delírios catastrofistas ao longo do tempo.

Texto de Bira Câmara

Teologia e hermetismo tratados com irreverência e ironia

Um padre pouco convencional, um alquimista maluco, silfos e salamandras, episódios
tragicômicos, são os ingredientes deste curioso romance de Anatole France:
A Rotisseria da Rainha Pedauque

(Texto de Bira Câmara) 

Não deixa de ser surpreendente que Anatole France, o cético e ferrenho inimigo da superstição tenha escrito um romance que tem como personagens centrais um sábio e simpático abade, e um alquimista que se gaba do convívio com elfos e salamandras. Mas, na verdade, tudo é pretexto para abordar com humor e ironia – suas marcas registradas – temas como a teologia cristã, o gnosticismo, o hermetismo, a alquimia, a natureza humana. O ambiente é o do século XVIII, um mundo hoje distante, desconhecido, quando era difícil separar as crenças sérias da superstição, e surgiam os movimentos maçônicos, rosacruzes, martinistas, e o ocultismo gerava sua procissão de aberrações intelectuais, pseudo-espirituais e sectárias. 

O poder total do Governo Mundial

 
Rotuladas como Illuminati, as sociedades secretas e as elites dirigentes detém um vasto poder de manobrar a história e moldar o futuro conforme os seus planos.

Texto de Cláudio Suenaga, extraído do livro Illuminati — A Genealogia do Mal

Nos últimos séculos, centenas de autores têm procurado aler­tar que os principais acontecimentos históricos não são meramente uma sucessão de acasos ou decorrentes da espontaneidade de seus agentes, ou que o curso natural de eventos mundiais não são con­sequên­cias de forças políticas conhecidas e de eventos in­controláveis e fortuitos, mas produtos de maquinações articuladas por uma Elite que opera por trás dos partidos políticos, dos movimentos revolucionários, das ideologias totalitárias, das religiões e todo o sistema econômico, decidindo o destino da humanidade à nossa revelia e imbuída de propósitos tão estarrecedores que soam inacreditáveis.

Uma história muito estranha

O romance de Bulwer-Lytton que mereceu elogios de Charles Dickens e influenciou
Bram Stoker, onde ele aborda os mais diversos fenômenos paranormais que marcaram sua obra literária,magia, alquimia e a busca da imortalidade: Uma Estranha História (1862) 

(texto de Bira Câmara) 

SOCIEDADES SECRETAS E A NOVA ORDEM MUNDIAL

Uma obra para ajudá-lo a entender o que é Nova Ordem e o papel das sociedades secretas na sua implementação 


Texto de Bira Câmara 

O novo livro de Thelo­nius Wolf se propõe a oferecer ao leitor, resumidamente, uma visão geral dos vá­rios temas relacionados ao assunto Nova Ordem e das diversas teorias conspira­tó­rias que o cercam. É impossível abordar esta temática sem levar em conta a atuação das sociedades secretas, em especial da maçonaria e da ordem dos Illu­minati. O autor procurou na medida do possível ater-se aos fatos e extrair a verdade do vasto material disponível para os pesquisadores, tarefa nada fácil dada a abundância de obras sobre este assunto. 

O Mártir do Gólgota, desafiando o tempo

A partir de sua experiência como autor folhetinesco, Pérez Es­crich resgatou a figura de Cristo da glória imortal à ficção no mais célebre de seus romances, O Mártir do Gólgota, publicado pela primeira vez em cinco volumes entre 1863 e 64.

(Texto de Bira Câmara) 

Na época em que Pérez Es­crich escreveu O Mártir do Gólgota, o romance na Es­panha seguia a voga euro­peia da literatura de costumes e do romance histórico, cujos maiores re­presentantes eram o escocês Wal­ter Scott, e os franceses Víctor Hugo, Federico Soulié, Eugenio Sué, Paul Féval, Alexandre Dumas pai e Jorge Sand.

PROFECIAS E ADIVINHAÇÃO NA ANTIGUIDADE

 No mundo greco-romano, todos os templos tinham as suas profetisas, por intermédio das quais os deuses se comunicavam com os homens e revelavam o futuro.

Texto de Bira Câmara

Quando se mergulha no estudo das religiões da antiguidade, salta aos olhos as relações estreitas que elas mantinham com a adivinhação e a magia. Ao contrário do cristianismo, que desde o berço olhou com suspeita para essas práticas e combateu-as vigoro­samente, as religiões pagãs praticamente as instituciona­lizaram, e suas castas sacerdotais conviviam sem animosidade com os adivinhos e profetas autônomos. A crença nas artes divinatórias era tão grande que em Roma elas faziam parte das instituições nacionais, através de um colégio de adivinhos (os áugures) formado por membros do Senado e com o imperador como seu pontífice máximo. Em muitas situações de crise, profecias e predições podiam ser manipuladas por razões políticas. 

O legado de Bernardo Guimarães

Rosaura, a enjeitada, um dos últimos livros de Bernardo, resgata seu passado estudantil, relembra os amigos e evoca um sentimento que resistiu ao tempo, atravessou os séculos, e chegou até nossos dias.

(Texto de Luciana Fátima)

Bernardo Guimarães alcançou imortalidade literária por trabalhos como A escrava Isaura, O seminarista e O garimpeiro, mas limitá-lo aos livros paradidáticos é reduzir sua mag­ni­tude para as nossas letras. O mineiro, nascido em Ouro Preto em 1825, produziu teatro (que não chegou a ser publicado), no­tá­vel prosa re­gionalista, além de uma ins­tigante obra poética.

Pitacos de um autor polêmico

Coletânea reune textos de Albino Forjaz de Sampaio, lançamento que coincide com o 70º aniversário de sua morte 

Texto de Bira Câmara

Albino Forjaz de Sampaio foi um dos mais importantes e polêmicos escritores  portugueses da primeira metade do século XX. Dia 13 de março deste ano completará exatos 70 anos de sua morte, e ainda hoje sua obra continua a cativar leitores no Brasil, como o atesta as sucessivas reedições de seu livro mais conhecido, Palavras Cínicas.

A Ondina tupiniquim de Bernardo Guimarães

Regina, “a filha das ondas”, personagem central de
A Ilha Maldita, romance de Ber­nardo Guimarães, é uma inspirada recriação da obra imortal de La Motte-Fouqué — Undine, condimentada com alguns ingredien­tes ao gosto dos românticos: mistério, magia, paixão e crime. 

(Texto de Bira Câmara) 

Autor de uma respeitável obra literária que abran­ge poe­sia, romance, contos e teatro, Ber­nar­do Guimarães é conhecido até hoje, sobretudo, pelo livro A Escrava Isaura, que mereceu até versões para televisão e cinema. No entanto, a maior parte de sua produção com o passar do tempo acabou relegada a segundo plano. 

Albino Forjaz Sampaio, um autor politicamente incorreto

Albino Forjaz de Sampaio (1884-1949) foi autor de um dos livros mais vendidos do século XX em Portugal — Palavras Cínicas (1905) — que teve 46 edições até a sua morte.

Texto de Bira Câmara

Recebida com ódios e aplau­sos, Palavras Cínicas le­vou o jovem escri­tor à noto­riedade, tornando-o co­nhe­cido até no Brasil. Es­critor profícuo, consagrou-se no mun­do literário de sua épo­ca com uma extensa e signi­ficativa produ­ção. Mesmo assim o seu nome ficou in­delevelmente asso­ciado a este livro.


O eterno feminino na obra de Gautier: a mulher como objeto de Arte

Para Théophile Gautier a principal tarefa do escritor é descrever sua própria loucura e a parede que a arte constrói entre sua consciência e a vida real.

Texto de Bira Câmara

A singular história do lendário rei Candole foi recontada por vários autores ao longo do tempo desde Heródoto; mereceu referência em Platão, uma terceira versão de Nicolau de Damasco, outra de La Fontaine e até foi tema de ópera no século dezenove.

Para melhor compreender o interesse que esta história despertou em Gautier a ponto transformá-la em novela, é preciso lembrar como a figura feminina aparece nas suas principais obras. O tema do «eterno feminino» e da figura da mulher como objeto de arte estão presentes na maioria de suas produções, bem como a figura da «femme fatale», sempre associando amor e morte e a impossibilidade de concretizar o amor na vida real.